Eu só queria escrever


Eu só queria escrever.
Um texto sem pretexto, com contexto, algo simples, direto, um processo…
Me expresso mal ou resumidamente, consciente mas indelicadamente e impaciente.
Pareço controverso nos meus simples versos, que são via de acesso a outro lugar.
Da forma que era para ser, para ver, tornar-se-á difícil de entender.
Num desabafo qualquer me ponho de pé e insisto em pensar.
As palavras me enganam, apago e escrevo e sem um acerto, volto para o mesmo lugar.
Logo me canso e nunca descanso, o sono não cura uma certa amargura que eu tento esquecer.
Acordo e recordo, no sonho não posso, mas consigo escrever.
Ter, ser, poder e querer, desejar e nunca amar.
Em uma prece digo: - Se apresse! porque o meu inimigo, meu próprio umbigo,
já falou comigo que ele venceu.
Uma luta constante entre a alma cintilante e uma carne vulgar.
Devagar caminhar, inspirar, expirar, não pensar em parar.
Um dia menciona outro dia, o sol é a luz que anuncia, o criador te faz companhia nesse novo raiar.
E a aflição de um coração vazio e sem emoção, se renova em paixão e se põe a cantar.
A mente agora livre, sem presas e nem limites, se alegra com o convite de voar e viver.
Pois quem um dia sonhou, lutou e buscou, sorriu e chorou, enfim contemplou a grande libertação.
A esperança de crer, mesmo a sofrer, é que após perecer, ainda vamos brilhar.
Eu quis escrever.

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